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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Rua Santos Dumont


Rua Santos Dumont
J. A. Braga Barros.

Não vou
reinventar
o 14 - Bis.
Muito menos,
sobrevoar Paris.
Vou ficar aqui,
ao vento,
no Paraíso.

Versos para um quase soneto

Versos para um quase soneto
J. A. Braga Barros


Não serei a sombra, nem a penumbra em seus caminhos,
Muito menos o assovio na mata, ou o vento que assusta.
Não quero ser a encruzilhada, nem a cruz da estrada,

Ou, o arrepio inesperado, em suas tardes de inverno.

Quero ser o balanço na árvore frondosa.

O abraço que acolhe, o sorriso que cativa.
Serei sempre a mão estendida na necessidade
E o afeto, sem precisão, a qualquer momento.

Não quero ser o confronto.

Quero ser o conforto,
O abrigo, o amigo...

Quero ser apenas,

Um verso em seu coração:
“Valeu a pena!”.

sábado, 10 de novembro de 2012

Poema para colocar no Face

Poema para colocar no Face
J. A. Braga Barros

Amor não é uma frase no face.
Amor é ali
no face a face
 

no toque,
no olhar,
na respiração.
No silêncio.
No murmúrio.
No sorriso.
No pequeno gesto.
No perfume,

no cheiro fresco do banho.
No suor da labuta.
Na história para contar.
Amor sempre tem uma amplidão de eternidade,
de ternura.
O amor leva em conta,
aponta,
desembesta.
O amor atesta.
O amor é sempre festa.
O amor acolhe.
O amor é muito mais do que vinte e três versos...
Obrigado aos mais de 20 000 leitores 
que acessaram a MESA DO POETA. Continuaremos postando 
novos poemas 
a todo momento.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Poema para você no dia dos namorados!
J. A. Braga Barros.

O que amo em você
Sai de você mas é muito mais
Do que está em você:

Não é a cor de sua pele,
Não é o cheiro de seus cabelos,
Não é o som de sua voz,
Não é o sabor de seus beijos.
O que amo em você
É o que vem de você
- fora do alcance de minhas faculdades –
Não tem lógica,
Não tem razão,
Não pode ser medido,
Nem pesado,
Não tem forma,
Nem tamanho,
Mas é muito sólido.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Paixão Mineira
J. A. Braga Barros


Antanho me deu uma tristura
Da qual não tinha conhecença

A coita foi provocando uma sofrença,
Uma malinconia,
Mesmo sem minha querença.
Não teve mezinha que desse jeito
De sujigar essa rem.
Fiquei perdudo pramode
Uma mineirinha fremosa
De cabelos pretos, olhos grandes
E um sorriso de arrastar o trem.
Mas tudo se transformou
Na mais pura belezura,
Ela se tornou o meu bem,
A eivigar minha candura.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cruz na Estrada

No mais profundo silêncio
Uma formiga
Leva para o buraco

Todas as flores,
Todas as folhas.

Enquanto isso, o cachorro late,
A vaca passa pelo caminho,
“estercando e andando”
As nuvens vão
Brincando de desenhar...
Os pássaros multicoloridos
Cantam.

Na estrada, uma cruz!
- Foi desavença!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Viver no Paraíso

Você,
que conhece meus gestos,
que conhece meus gostos,
que conhece meus gastos...
Você
que me conhece
por dentro e
por fora...
Você,
que conhece minha respiração,
que sabe o que estou falando
com meus silêncios,
com minha ansiedade,
com meu inconformismo...
Você,
somente você,
poderá dizer
que o meu grande sonho
nunca foi ter poder,
que o meu sonho,
sempre foi,
poder viver no Paraíso.
Conviver com as pessoas,
encontar pelas ruas:
poetas, pintores, cantores,
professores felizes
e crianças e jovens
com livros, instrumentos, pincéis,
fazendo um mundo mais feliz.


É assim mesmo!
J. A. Braga Barros

Balões coloridos
enfeitam a praça.
Um dia, azuis e amarelos...
Noutro, vermelhos e brancos.

Fogos de artifício
por todos os lados.
Bandeiras para lá...
Bandeiras para cá...

Não tem remédio,
Política é assim mesmo!
....................................

Bom dia!
J. A. Braga Barros

Abro a janela,
o sol já me abraça.

A rua, ainda
vazia,
deixa passar a brisa
que vem da serra.

Onde estão os homens
que irão plantar a paz?
...................................

Viver não é preciso!
J. A. Braga Barros

Aqui em casa compreendo o mundo...

É preciso viver intensamente.
É preciso preparar o amanhã...

É preciso purificar tudo em volta,
o corpo, a alma, a mente...

É preciso conduzir o processo,
passo a passo, sem pressa.

É preciso preservar
- no antigo, o novo -
no que há, o advir.
............................................................

Celebração
J. A. Braga Barros

Aqui,
entre quatro paredes
e esta xícara de chá,
Você...

A emoção que transborda
e borda,
com agulha e linhas,
o meu horizonte...

A vida é tão preciosa!
....................................
Plantar
J. A. Braga Barros

Cativando,
Olhando,
Cultivando,
Colocando a semente
Já vejo o jardim
que você, ainda, verá.

A primavera
- vem antes -
Verá!
Verão!
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 Harmonia
J. A. Braga Barros

É o preto no branco.
É o branco no preto.
É tudo e nada.

E a chuva
cai lentamente
e fina...

O livro
está aberto
na página 71...
.................................................................
Muita Saudade!
J. A. Braga Barros

Nos cabides vazios,

dentro do guarda roupas,
penduro minhas lembranças,
muita saudade e dor.
Também guardo recordações
de um tempo que parecia eterno.

No antigo frasco de perfume

depositei algumas lágrimas...
Para não perder
aquele seu aroma
de baile, de festa, de amor.

Nom pequeno espelho redondo

procuro seu rosto, seu sorriso...
E só encontro este silêncio!