MEU PAI

Pai,
Hoje parei para pensar no senhor!
Sabe que sei pouco sobre você?
Sei de seu esforço diário,
Sei que você nunca pôde se cansar,
Sempre precisou estar disposto
- Um super-homem.

Pai,
Hoje parei para pensar no senhor!
Sabe que sei pouco sobre você?
Não sei de seus planos,
Não sei de suas experiências,
Nem de seus objetivos.
O que desejou?

Pai,
Hoje parei para pensar no senhor!
Sabe que sei pouco sobre você?
Não sei ser filho,
Não sei ouvi-lo
Nem sei agradá-lo.
O que ficou?

Sabe Pai,
ficou a marca do tempo.
Ficou o amor, o carinho,
ficou o gesto, o tom de voz
e a vontade de tratá-lo, meu amigo,
como se fosse, eu, o seu pai!

A RESPOSTA

Meu amigo,
A resposta não é única.
A resposta não é uma só.
Não existe uma receita.
Não é uma só a que deve ser aceita.
Cada um de nós é diferente,
Tanto no rosto, quanto na mente.
Meu amigo,
A resposta não está pronta.
Se queremos nossa evolução,
A resposta é uma construção.
A resposta é coletiva.
Tome a iniciativa,
Pergunte, converse, fale, escute.
Meu amigo,
A resposta não está no fuituro.
Precisa ser dada agora.
Depois pode ser tarde demais.
A resposta está voando ao vento...
A resposta está voando...
A resposta está no ar,
Fácil e defícil
De apanhar.

Poesia Concreta

Poesia Concreta

Poesia Concreta

O VENTO DE PARAÍSO

Meu vento gosta de manhãs e tardes.
Meu vento invade a noite como um ladrão.
Meu vento abraça comigo minha amada.
Meu vento passa por onde vou.
Meu vento, mais do que ar em movimento,
é um sentimento...

Sítio do Pica Pau Amarelo

Inscrição Confirmada

CIRANDA DE POESIA

CIRANDA DE POESIA

O objetivo-desafio, ou o desafio-objetivo

é juntar gente em torno da poesia.

Poesia autoral, ou em homenagem

a algum grande autor poeta.

Celebrar a poesia,

sempre na última quarta-feira de cada mês.

Uma confraria com as portas abertas...

Para nós,

o poeta além daquele que escreve poemas

é aquele que vê o mundo com um olhar diferente.

Você é nosso convidado especial.

DE TRÁS PARA FRENTE

De trás para frente
Escrever para você
Uma mensagem nova
De uma vida comum
De um conhecimento mútuo
Para falar de Amor
Nem é preciso palavras
Basta o gesto
Sorrir infalível
Olhar indiscreto
Sorrir infalível
Basta o gesto
Nem é preciso palavras
Para falar de Amor
De um conhecimento mútuo
De uma vida comum
Uma mensagem nova
Escrever para você
De trás para frente

ALPENDRE III

Depois da praça
Depois do cinema
Depois do baile
Depois de tudo

O alpendre é o cenário das juras de amor

O abraço mais forte
O beijo mais longo
A carícia mais íntima

O alpendre é o cenário das juras de amor

Depois do abraço mais forte da praça
Depois do beijo mais longo do cinema
Depois da carícia mais íntima do baile
Depois de tudo

O alpendre é o cenário do amor

FOGO NA MATA

O amor tem pernas próprias.
Vai aonde quer,
Descobre trilhas, atalhos,
Sobe encostas, atravessa vales,
Escala montes, não pára...

O amor contempla o horizonte,
Abre caminhos, constrói pontes,
Vai em frente...

É fogo na mata, vai, sem volta.
O amor não é algo que dou,
O amor não é algo que recebo.
O amor é você que passa.

O amor é encontro.

MÍDIA

Grito

Risco

Desenho rupestre

Hierógrifo

Alfabeto

Carta

Correio a cavalo

Garrafa jogada ao mar

Rádio

Telegrama

Telefone

Telex

Televisão

Radiofoto

Fax

e.mail

E nem notícia de você!

ABASTEÇO-ME

Abasteço-me de ar
de vento
de verde
de montanha

Abasteço-me de gente
de sentimento
de movimento
de envolvimento

Abasteço-me de rua
de lua
de estrela
de vinho

Abasteço-me de livro
de música
de tempo
de arte e artistas

Abastecido volto à minha poesia.

BANQUEIRO

MINHAS GERAIS

MINHAS GERAIS

CHAPEUZINHO VERMELHO EM RITMO DE AVENTURA

O LIXO

Menino não jogue
o lixo no chão.
Se cada um joga um,
a população joga um montão.
Menino não jogue
o lixo no chão.
O lixo da cidade não cabe na lata.
O lixo da cidade causa doença e mata.
Menino não jogue
o lixo no chão.
O lixo é uma grande poluição
do solo, do ar e da água.
O lixo junta insetos e outros bichos
no solo, no ar e na água.
Menino não jogue
o lixo no chão.

RECICLAGEM

Que palavra engraçada:

A garrafa vira vaso.

A argolinha da lata

vira roupa metálica.

O jornal velho

vira papel novo.

Reciclagem

parece mágica.

Até peça de carro velho

vira obra de arte

O DESTINO

O
des
ti
no

O
de
sti
no

O
d
esti
no

O
destin
o

O destino

Quem nunca
O mudou?

MEIO AMBIENTE

O PRAZER DE ENSINAR

O Prazer de Ensinar é uma demonstração da crença nos colegas educadores,

de cuja atuação consciente dependerão as mudanças

que a Educação e a Sociedade merecem.

Um com o outros temos o que ensinar e muito a aprender.

Registrar nossas experiências,

escrever nossas ações

é uma forma de co0laborar com os que atuam como nós, para uma tomada de consciência de que,

agindo coletivamente,

estaremos juntos fazendo a história, no caso,

com muito prazer.

SAUDADE

Esse ruminar em silêncio,

Esse exercício inquieto

E longo de caminhar

Entre sombras e ausências...

E você nem sabe que ainda

Sinto o gosto de seu beijo.

NOVICIADO

Um interminável cio
Nos absorve
Me absolve.

Loucura e paz.

É assim
O nosso amor:
Um interminável vício...

À FLOR DA PELA

Sem receio
Solto-me em seu corpo.

Na linguagem da pele,
Seus seios
Provocam em mim
O erótico poema,
Sem palavras.

DÚVIDA

E agora?

Demolidos...

Até o último "round"

Estamos em pé...

E agora?

Quem venceu?

Zé Omar de Carvalho no lançamento do livro do Braga

Hélio Pinto Ferreira, Myrthes Masiero e Braga na Biblioteca Cassiano Ricardo

Poetas e amigos se reúnem na Livraria

Braga fala sobre Guimarães Rosa para escritores e estudantes

Braga transforma Casa Grande em Poesia Concreta

I Festival de Literatura da Mantiqueira

O Poeta e a máquina de escrever poemas

Encontros de Poetas no SESC

Poemas Concretos - Poesias de Campos

Poesias de Campos - 1990

José Antonio Braga Barros e Grupo João Girassol

Artistas Plásticos que fizeram releituras

dos poemas concretos de Braga Barros:

Fábio Sapede; Luiza Irene G. Galvão; Aroaldo Pacheco Costa Neto;

Oswaldo Almeida Júnior; Douglas Carlos; Roberto Barbosa;

L. Cid; Dagmar Siqueira; Raulito Ramos Guerra Filho.

Fio/Fim - Braga com Grupo João Girassol

Autógrafo de Chico Buarque para Braga

ALQUIMIA

Meu ser

Em

Teu ser

Transforma

Teu ser

Em

Meu ser.

GERMINAL

Em teu orgasmo

O gosto da poesia

- Aparente silêncio -

Arrebata o universo.

ROTA II

Não te sigo

Em sonhos.

Sabes

Os abismos

Por onde andei,

Em vão.

ARMADILHA

Contra a corrente
Nadei
Deixando a praia
Ao longe
Quase mar - gota no oceano -
Seu brilho
Traçava nas águas
Uma estrada - Um caminho -
De volta.

ILUMINURA

Vestidos de luz

Sem outros mistérios

Em silêncio

Iluminamos o mundo.

POSSE

Água e fogo
Frágeis...
Frementes...
Luta constante
Até nos aproximarmos
Mas nosso convívio

Só pela destruição

MANDALA

A seiva da paixão
Em nossos corpos percorre
O mesmo caminho
Homem/Mulher
Mulher/Homem
O mesmo caminho