Vou me embora para Paraíso
Vou-me embora pra Paraíso
Lá sou amigo do vento
Lá quero a mulher que eu tenho
Na cama que encomendei
Vou-me embora pra Paraíso
Vou-me embora pra Paraíso
Aqui também fui feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo incosenqüente
Que todo mundo sendo parente
encontram na praça sorridente
Mas por trás metem o dente
Vou propor ser transparente
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei um burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de rio!
E quando estiver cansado
Deito na minha rede
Mando chamar as lembranças
Pra recordar as histórias
Que no tempo de menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Paraíso
Em Paraisópolis tem tudo
É outra civilização
Tem um jeito próprio de ser
às vezes anda na contramão
Tem muita gente teimosa
Tem espertalhões à vontade
Tem moças bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do vento –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que encomendei
Vou-me embora pra Paraíso.
É preciso resistir.
Amei!Fiquei até com vontade de criar uma prá Baependi.
ResponderExcluirBraga, estive lendo os cordeis do Paulo, lá no blog dele e achei esse tesouro:
ResponderExcluirSe eu soubesse as palavra rimá/
Saia de Minas trotando o corcel
Descia a serra num só tropel,/
cantando cordel, tirado do picuá./
só prá esse cara presentiá./
Paulo Barja sabe a vida miorá.
Só podiam ser palavras de Braga Barros.
Parabéns!