Na roça, a rede da varanda,
Com uma preguiça milenar
Rangia cantiga de embalar
Nuvens, cumes de morros,
Copas de árvores num lento
Vai-e-vem que fazia a tarde
Chegar quadro a quadro,
Enquanto meu corpo e alma
Com todo cuidado, eram alinhavados
aos seus braços e pernas, corpo e alma.
O azul do céu ganhava pinceladas
Longe e longe de novas cores,
Do laranja ao marinho riscado,
Antes da noite chegar inteira.
Os pássaros faziam o caminho
De volta para os seus ninhos e
Ficavam espiando nossos beijos,
No crepúsculo da primavera!
Wilson R. disse...
Um belo poema. A primeira estrofe, em especial, na qual a cadência dos versos remete-me ao balançar da rede.
Abraços.
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ResponderExcluirUm belo poema. A primeira estrofe, em especial, na qual a cadência dos versos remete-me ao balançar da rede.
Abraços.
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