tag:blogger.com,1999:blog-8028439811756740303.post1253159796670298486..comments2022-11-11T00:49:02.094-08:00Comments on Mesa do Poeta: O BORDELJosé Antonio Braga Barroshttp://www.blogger.com/profile/06068941755470428886noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8028439811756740303.post-27061761860625029982010-05-14T06:58:16.420-07:002010-05-14T06:58:16.420-07:00Espero sua visita no meu bordel:
www.balapreta.bl...Espero sua visita no meu bordel:<br /><br />www.balapreta.blogspot.comjosé da silvahttps://www.blogger.com/profile/11682593597734627393noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8028439811756740303.post-67476275714364942962010-05-13T08:20:14.134-07:002010-05-13T08:20:14.134-07:00Gostei muito deste trabalho poético que reúne em s...Gostei muito deste trabalho poético que reúne em si uma "con-fusão" muito interessante entre escrita, espaço, som e tempo. As disposição das palavras na página e o diálogo delas com o branco da página e deste com as palavras geram uma fazer poético não só de versos mas de inversos, onde se tem a sensação de que os espaços em branco também promovem um diálogo poético, só que ao contrário, inverso. Ora percebe-se o verso-escrita em relação à pagina-espaço, ora a página-espaço em relação ao verso-escrita.<br />Ao mesmo tempo, somos transportados para um espaço/bordel e percebemos que a confusão na disposição das palavras é apenas aparente, e existe somente para um olhar aristotélico, que não vai além do verso, que não procura o profundo; na verdade as palavras são pessoas, são signos, são objetos dispostos aleatoriamente no espaço cujo conjunto forma um bordel em pleno funcionamento. Nota-se então a música que esteve presente desde o primeiro instante que o olho atinge o poema e este adentra o olho; desde o instante que o espaço-bordel foi aberto pelo fazer poético; música esta emitida e repetida pelas palavras que além de palavras são sons que além de sons são músicos. <br />Já o aspecto temporal pode ser compreendido percebendo os vazios onde não há o escrito como também nos vãos entre as palavras, no meio de no meio, por exemplo. Estes vazios entre uma palavra e outra revelam o tempo da música, o compasso em que é executada, o ritmo dos corpos, enfim o movimento que rege este poema-corpo-bordel. <br />Neste instante percebemos o poema como um todo onde escrita, espaço, som e tempo pulsam perante nossos olhos que talvez nunca tenham entrado num bordel.<br />A língua portuguesa precisa ser constantemente reinventada e para isso é necessário também que a poesia, como o poeta, saia dos espaços burocráticos-burgueses e movimente seus quadris, ganhando as ruas, o inferno e, quem sabe, o céu e, claro, por que não - no caminho - "O Bordel"!josé da silvahttps://www.blogger.com/profile/11682593597734627393noreply@blogger.com